Green Book é um filme dirigido por Peter Farrelly que tem despontado como um dos favoritos na corrida pelo Oscar de 2019. Indicado em cinco categorias, incluindo melhor filme, melhor ator coadjuvante e roteiro original, o filme tem arrebatado crítica e público por sua sensibilidade e história emocionante.

A trama se passa nos anos 60, quando a segregação racial ainda era uma triste realidade nos Estados Unidos. Tony Lip, um italo-americano Bronx, é contratado para dirigir e proteger o renomado pianista negro Don Shirley em uma turnê pelo sul do país, onde o racismo imperava. Juntos, eles vivem uma série de situações engraçadas, tensas e comoventes, enquanto exploram a cultura afro-americana e tentam encontrar um meio-termo entre suas diferenças.

O filme é estrelado por Viggo Mortensen, que interpreta Tony Lip, e Mahershala Ali, que dá vida ao pianista Don Shirley. A química entre os dois atores é um dos pontos altos da produção, e ambos têm sido elogiados por suas performances impecáveis. Além deles, o elenco conta com atuações secundárias memoráveis, como a de Linda Cardellini e Dimiter D. Marinov.

A direção de Farrelly é competente e sóbria, e a fotografia e trilha sonora ajudam a criar uma atmosfera nostálgica e emocionante. O roteiro, assinado pelo próprio diretor e mais dois escritores, consegue mesclar humor e drama de maneira eficiente, explorando tanto a intolerância implícita na sociedade americana da época quanto a possibilidade de transformação pessoal através do diálogo.

As chances de Green Book levantar a estatueta de melhor filme são altas. Além de ter faturado o Prêmio do Público no Festival de Toronto, o que muitas vezes indica uma indicação ao Oscar, o filme tem sido bem recebido pela crítica, tanto nos Estados Unidos como no exterior. Em um contexto político conturbado, onde a luta pela igualdade racial ainda é uma pauta urgente, a mensagem de Green Book de que é possível encontrar a humanidade no outro, independentemente da cor da pele, tem reverberado entre os espectadores.

Em suma, Green Book é um filme sensível, bem realizado e que toca em questões importantes. Se levar a estatueta para casa ou não, a produção já se consolidou como um dos destaques do ano no cinema, e vale a pena ser visto e debatido.

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